….O respeito é uma condição indispensável aos fundamentos de uma escola, de uma sociedade democrática. Só assim, pode-se falar em princípios, valores, e na mudança da ingenuidade a criticidade. Mas, para que aconteça essa passagem, é necessário "uma rigorosa formação ética ao lado sempre da estética. Decência e boniteza de mãos dadas". Complementando, então "a prática educativa tem de ser, em si, um testemunho rigoroso de decência e de pureza" (FREIRE, 1996, p.36).O professor, que é consciente de seu papel formador, respeita a natureza do ser humano, e trabalha os conteúdos levando em conta, e principalmente respeitando, a formação moral e estética do educando.
Por isso o ato de educar é sempre um ato ético. Simplesmente não há como fugir de decisões éticas, desde a escolha de conteúdos até o método a ser utilizado ou a forma de relacionamento com os alunos. É nesse sentido, que Paulo Freire adverte o pensamento do professor que vê a ética apenas como uma disciplina filosófica afastada da realidade. A título de exemplo, as palavras de Freire são esclarecedoras:
Gostaria, por outro lado, de sublinhar a nós mesmos, professores e professoras, a nossa responsabilidade ética no exercício de nossa tarefa docente. Este pequeno livro se encontra cortado ou permeado em sua totalidade pelo sentido da necessária eticidade que conota expressivamente a natureza da prática educativa, enquanto prática formadora. Educadores e educandos não podemos, na verdade, escapar à rigorosidade ética. Mas, é preciso deixar claro que a ética de que falo não é a ética menor, restrita, do mercado, que se curva obediente aos interesses do lucro (...) falo da Ética universal dos seres humanos, que condena o cinismo, que condena a exploração da força de trabalho do ser humano (FREIRE, 1996, p.16-17). Freire critica severamente a ética em que se leva em conta apenas os próprios interesses, que levam ao individualismo, negando a ética universal, vinculada à humanização, preocupada com interesses e bens coletivos.
As suas idéias pedagógicas fundamentam-se no fato de que o ser humano é inconcluso, que busca o saber, o conhecimento e o seu aprimoramento. A ética e a estética pressupõem uma mudança para enriquecer conceitos já estabelecidos, mas também para introduzir os novos que respondem a uma nova relação estética com a realidade. Este pensamento de Freire mostra que a busca do novo não significa o abandono total do velho: o movimento em direção ao novo poderia ser feito, resgatando os aspectos positivos do velho e, para que isso seja fecundo, não bastaria só a ação de mudança. Esta ação seria acompanhada com o querer, com a intencionalidade, com a vontade do querer fazer.
Por isso mesmo é que mudar é difícil, porque não envolve apenas o sujeito que muda, como também o outro. Daí que toda mudança é um conflito, é uma luta, porque:quem muda subverte. Por isso mesmo choca e, invariavelmente, passa a ser alvo de críticas e até de punições. Não há facilidades para quem se lança a este desafio. Suportar as pressões externas-além-das-internas- faz parte do intento. Certamente este é o preço a ser pago pela ousadia de ser diferente. Por causa disto, muitos desistem. É que, de um modo geral, não estamos habituados a arcar com o ônus da desobediência. (ROSA, 1998, p.16).
A coerência de Paulo Freire mostra-se nas opções éticas e estéticas que acompanham sua práxis. Como diz literalmente, o grande educador e mestre Paulo Freire:
É preciso ousar, no sentido pleno desta palavra, para falar em amor sem temer ser chamado de piegas, de meloso, de a-científico, senão de anticientífico. É preciso ousar para dizer cientificamente que estudamos, aprendemos, ensinamos, conhecemos com nosso corpo inteiro. Com sentimentos, com as emoções, com os desejos, com os medos, com as dúvidas, com a paixão e também com a razão crítica. Jamais com esta apenas. É preciso ousar para jamais dicotomizar o cognitivo do emocional (FREIRE, 1993, p. 10).
O grande sonho de Paulo Freire era o de uma educação aberta, democrática, que estimulasse nos alunos o gosto da pergunta, a paixão do saber, da curiosidade, a alegria de criar e o prazer do risco, para possibilitar, então, a criação
http://www.webartigos.com/articles/10398/1/Sintese-Etica-Estetica-e-Educacao-A-Otica-de-Paulo-Freire/pagina1.html
Realmente traducir este texto es como dicen los brasileros apagar (borrar) algo tan sabio de uno de los Grandes Maestros Latinoamericanos de este siglo y por muchos más, pero para Paulo Freire el acto educativo era un acto ético que iba más allá de cualquier propósito que no fuese el respeto al educando como persona, que despertase el placer por el saber más que por la escuela, la pasión por el conocimiento como un acto ético, estético, artístico y sobre todo un acto de amor, no poder crear una dicotomía entre lo cognitivo de lo emocional, realmente este maestro fue único y el escucharlo hablar (tuve el placer de escucharlo en una conferencia en Brasil) es escuchar un eco que te sonará por el resto de nuestras vidas si tomamos la educación como un verdadero acto ético.
Escrito por Beverly Rincón
Por isso o ato de educar é sempre um ato ético. Simplesmente não há como fugir de decisões éticas, desde a escolha de conteúdos até o método a ser utilizado ou a forma de relacionamento com os alunos. É nesse sentido, que Paulo Freire adverte o pensamento do professor que vê a ética apenas como uma disciplina filosófica afastada da realidade. A título de exemplo, as palavras de Freire são esclarecedoras:
Gostaria, por outro lado, de sublinhar a nós mesmos, professores e professoras, a nossa responsabilidade ética no exercício de nossa tarefa docente. Este pequeno livro se encontra cortado ou permeado em sua totalidade pelo sentido da necessária eticidade que conota expressivamente a natureza da prática educativa, enquanto prática formadora. Educadores e educandos não podemos, na verdade, escapar à rigorosidade ética. Mas, é preciso deixar claro que a ética de que falo não é a ética menor, restrita, do mercado, que se curva obediente aos interesses do lucro (...) falo da Ética universal dos seres humanos, que condena o cinismo, que condena a exploração da força de trabalho do ser humano (FREIRE, 1996, p.16-17). Freire critica severamente a ética em que se leva em conta apenas os próprios interesses, que levam ao individualismo, negando a ética universal, vinculada à humanização, preocupada com interesses e bens coletivos.
As suas idéias pedagógicas fundamentam-se no fato de que o ser humano é inconcluso, que busca o saber, o conhecimento e o seu aprimoramento. A ética e a estética pressupõem uma mudança para enriquecer conceitos já estabelecidos, mas também para introduzir os novos que respondem a uma nova relação estética com a realidade. Este pensamento de Freire mostra que a busca do novo não significa o abandono total do velho: o movimento em direção ao novo poderia ser feito, resgatando os aspectos positivos do velho e, para que isso seja fecundo, não bastaria só a ação de mudança. Esta ação seria acompanhada com o querer, com a intencionalidade, com a vontade do querer fazer.
Por isso mesmo é que mudar é difícil, porque não envolve apenas o sujeito que muda, como também o outro. Daí que toda mudança é um conflito, é uma luta, porque:quem muda subverte. Por isso mesmo choca e, invariavelmente, passa a ser alvo de críticas e até de punições. Não há facilidades para quem se lança a este desafio. Suportar as pressões externas-além-das-internas- faz parte do intento. Certamente este é o preço a ser pago pela ousadia de ser diferente. Por causa disto, muitos desistem. É que, de um modo geral, não estamos habituados a arcar com o ônus da desobediência. (ROSA, 1998, p.16).
A coerência de Paulo Freire mostra-se nas opções éticas e estéticas que acompanham sua práxis. Como diz literalmente, o grande educador e mestre Paulo Freire:
É preciso ousar, no sentido pleno desta palavra, para falar em amor sem temer ser chamado de piegas, de meloso, de a-científico, senão de anticientífico. É preciso ousar para dizer cientificamente que estudamos, aprendemos, ensinamos, conhecemos com nosso corpo inteiro. Com sentimentos, com as emoções, com os desejos, com os medos, com as dúvidas, com a paixão e também com a razão crítica. Jamais com esta apenas. É preciso ousar para jamais dicotomizar o cognitivo do emocional (FREIRE, 1993, p. 10).
O grande sonho de Paulo Freire era o de uma educação aberta, democrática, que estimulasse nos alunos o gosto da pergunta, a paixão do saber, da curiosidade, a alegria de criar e o prazer do risco, para possibilitar, então, a criação
http://www.webartigos.com/articles/10398/1/Sintese-Etica-Estetica-e-Educacao-A-Otica-de-Paulo-Freire/pagina1.html
Realmente traducir este texto es como dicen los brasileros apagar (borrar) algo tan sabio de uno de los Grandes Maestros Latinoamericanos de este siglo y por muchos más, pero para Paulo Freire el acto educativo era un acto ético que iba más allá de cualquier propósito que no fuese el respeto al educando como persona, que despertase el placer por el saber más que por la escuela, la pasión por el conocimiento como un acto ético, estético, artístico y sobre todo un acto de amor, no poder crear una dicotomía entre lo cognitivo de lo emocional, realmente este maestro fue único y el escucharlo hablar (tuve el placer de escucharlo en una conferencia en Brasil) es escuchar un eco que te sonará por el resto de nuestras vidas si tomamos la educación como un verdadero acto ético.
Escrito por Beverly Rincón
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